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Posts arquivados em Autor: Josiane

04 Maio, 2020

Você está ocupando seu lugar no mundo?

Mulher usando jaqueta jeans e gorro mexendo os braços sorrindo
Ouça o artigo

Começo questionando você: está satisfeito com o lugar que ocupa no mundo? Tudo bem, vamos começar pequeno. Sua importância e seu lugar no ambiente familiar, trabalho, no círculo de amigos estão bem definidos? Quais são suas habilidades e o que você faz de um jeito único? Pode parecer bobo e você me dizer que todos nós sabemos bem nossos pontos fortes, mas você faz uso diário disso para o seu crescimento e o seu sustento? Existem algumas questões que temos tanta facilidade em fazer que passam despercebidas por nós e não as utilizamos com foco direcionado, sendo assim desperdiçadas. Quando sabemos no que somos bons e fazemos bem, temos a real noção de nossa importância e utilidade, nos sentimos instigados a fazer mais, sentimos fome de ação e encontramo-nos impelidos a ampliar nosso radar para atingir um maior número de pessoas, sabendo que estamos fazendo a diferença na nossa vida e na de outras pessoas.


Quando comecei a querer me entender mais, fiquei com esse apetite de encontrar meu lugar, passei a anotar tudo o que percebia que tinha facilidade, o que gostava de fazer e o que sentia que poderia ser útil as pessoas. Perguntei às pessoas próximas o que na visão delas era meu diferencial, pois é legal se dar a oportunidade de ser visto pelos olhos de outras pessoas. Porém, como dizia Steve Jobs, “a vida é a arte de ligar os pontos”, e isso não há como terceirizar. Mas tenha calma, da intenção até conseguir vislumbrar algo palpável demanda tempo, dedicação e principalmente se colocar em movimento. Não há como sabermos se uma ideia é boa ou um tiro no pé enquanto só vislumbramos isso em nossa mente, pois ela pula cenários e esquece de deixar anotado que imprevistos irão acontecer. Isso é o que o campo de batalha traz de conhecimento, clareza e direção, por isso, comece.


Durante uma imersão, a responsável falou algo que marcou a memória: sabe as pessoas que você admira, que brilham? Elas provavelmente terão alguns pontos em comum, mas o que quero trazer aqui é que elas ocupam o seu espaço no mundo e por essa razão saltam aos olhos. São superdotadas, pessoas mais evoluídas, seres de outro planeta? Não, são pessoas como eu e você com um objetivo extremamente definido a ponto de se tornar uma fixação. Isso não quer dizer que não tiveram de lidar com dúvidas, medos e frustrações, mas foram em frente apesar deles – isso é coragem –, sabendo o seu porquê de enfrentar tudo aquilo. Olhamos estas pessoas no auge, seus resultados impressionantes, até com uma certa pontadinha de inveja, mas esquecemos de olhar seus bastidores, o que fizeram e, principalmente, do que abdicaram para estar ali. Normalmente são seres humanos com trajetórias feitas de inúmeras quedas, erros, desencorajamento, mas com força de vencer e a certeza do que tinha de ser feito. Você está disposto a isso para ocupar o seu lugar?


Todos nós viemos ocupar um lugar importante no mundo, brilhar, e isso não é papo utópico, é somente a realidade diferente do que nos foi ensinada e que de verdade nos preenche. Se você não está feliz com o lugar que ocupa, com a situação em que se encontra, MUDE, não diminua seus sonhos, não se conforme porque sempre foi assim. Altere o curso, intensifique seu foco e determinação, analise onde você quer chegar, mire e só pare quando estiver lá. Leve em consideração onde você pode ser útil, teste habilidades novas, intensifique as já conhecidas, crie soluções, se reinvente. O mundo nunca esteve tão propício para novas atividades. Suas habilidades e experiências são únicas, e uni-las e compartilhá-las com os outros cabe a você. Bato nessa tecla porque sigo nessa busca por me desenvolver, atingir meu máximo de desempenho, e quero que você atinja o seu também. Não se contente com pouco, não se acostume com o que não gosta.


Cuide da sua caminhada, sem se comparar, não tenha vergonha de onde quer chegar, sem pisar em ninguém, não há problema algum em pensar alto. Seja você aquela pessoa que você admira, que brilha, que sabe exatamente o lugar que ocupa e a diferença que faz na vida das pessoas. Não será fácil chegar onde sempre quis, mas saiba que existe um lugar que é só seu e que você precisa ocupá-lo por maior que seja o desafio. Faça a diferença para você, para as pessoas próximas, quiçá para o mundo.

01 Maio, 2020

O quanto a relação com seus pais interfere em sua vida?

Pai brincando de rodar com filhos na praia.
Se preferir, ouça o artigo.

Esse é um artigo longo porém, necessário. Trata-se de um assunto delicado, mas há tempos vem passando na minha cabeça como se pedisse minha atenção para ser abordado por aqui. Pois bem, comecei a deixá-lo fluir mais livremente, permitindo-me absorver informações que chegassem e também observando as relações próximas e as nem tão próximas a mim. O quanto a relação com seu pai ou sua mãe interfere em sua vida? Você já se fez essa pergunta honestamente? A intenção desta vez não será abordar minha experiência, mesmo que ela também tenha sido levada em consideração para escrever este artigo, mas abordar de uma forma mais ampla e permitindo que cada um sinta à sua maneira.

Contudo, para que possamos iniciar de um mesmo ponto, vou situá-los que uma das razões de me autoconhecer foi a busca por uma melhor relação com meu pai. Desde criança até o início da minha fase adulta minhas memórias sobre nossa relação eram de confronto, enfrentamento, eu querendo, de alguma forma, que ele respondesse às minhas expectativas, querendo chamar sua atenção, sentindo que não me entendia. Não sei lhes precisar agora quando foi que a ficha caiu, mas tenho quase certeza de que foi durante uma de minhas meditações, em que me veio nitidamente “como você vai lidar com todo o arrependimento que vier consumindo você como uma avalanche quando ele falecer e você não tiver feito nada para essa relação melhorar?”. Eu estava lá buscando me conhecer, me silenciar, e vem algo sobre o meu pai? Só posso estar meditando errado, pensei.


Nosso coração, que é com quem nos conectamos enquanto meditamos, sempre sabe quando estamos prontos e com o que devemos lidar no momento. A relação com nossos pais, e aqui incluo quem não tem uma relação muito próxima – ou como gostaria – com a sua mãe, ou com quem o criou, é de influência direta nos adultos que nos tornamos, na forma como nos posicionamos perante a vida e como encaramos ela também. Por isso que a curar, acolhê-la e ressignificá-la seria meu conselho número 2 para você – o primeiro seria a meditação, para que você consiga entender e lidar com tudo que florescerá com essa intenção.


Desenterrar esse baú de memórias irá liberar cobras e lagartos, fantasmas e dores há muito não mexidas, mas pode ter certeza de que elas sempre estiveram lá, mesmo que adormecidas, esperando sua atenção. Crescemos com variados tipos de ressentimentos. Alguns queriam mais atenção, outros queriam ser ouvidos, estes que seus pais fossem em suas apresentações, aqueles que os parabenizassem pelo bom trabalho ou simplesmente que estivessem ali para dar um abraço e dizer que ia ficar tudo bem, ou outros tantos lidaram com o vazio de pais que foram embora. Os sentimentos e as histórias são diversas, e se estão aí dentro ecoando são relevantes sim, cada um de nós sabe onde nos dói e o peso e influência que isso tem em nossas vidas, porém, quem disse que tem de ser assim para sempre? “Ah, Josi, mas você não conhece minha mãe, é o cão em forma de gente, aquela lá não vai mudar”, ou “Meu pai é um chato, frio, sem sentimento algum, e só outra vida para mudá-lo (usei adjetivos leves, mas pode completá-los da forma que se sentir mais à vontade, não poupe palavras, são os seus sentimentos).


Não tenho dúvidas, só você sabe o que passou, suas dores, as memórias mais doloridas, imagens guardadas a sete chaves até da pessoa mais íntima, e não tenho conhecimento sobre sua história e as marcas que você carrega, sinto muito por isso. Mas você já é adulto, com seus princípios, pensamentos e visões próprias logo, saia do papel de julgador e de vítima e veja a melhor forma como você pode lidar com essa relação atualmente. Não exija mais do que você consegue lidar no momento – e se não conseguir agora está tudo bem também –, um passo de cada vez, assim que uma relação é feita, mesmo as já estabelecidas, pois você está construindo uma nova relação, e não pense que será do dia para a noite. “Duvido que ele ou ela mude!” Realmente isso pode acontecer, mas tenha claro em sua mente que a razão de estar fazendo isso é para e por você, para sua libertação, sua cura, para acalmar sua alma e amenizar a sua caminhada. Por mais que ache que essa relação já nem afeta você tanto assim, pode ter certeza de que ela controla você de alguma forma.


Sei que em algum momento você se sentirá vencido pelo cansaço, querendo desistir e ache que não há mais o que fazer, então pense em algum momento muito marcante, aquele que só de pensar lhe dá um nó na garganta com essa figura familiar, veja todo o cenário, sinta ele e agora se coloque no lugar daquela pessoa. Com o conhecimento e a consciência que ela tinha naquela época, levando em consideração sua história, sua infância, suas conquistas e derrotas, a relação daquele ser humano com seus pais também,vestindo seus sapatos, fique aí o tempo que precisar e permita-se sentir o que vier. É mais difícil julgar e um pouco mais fácil entender sua forma de agir, não é mesmo? Não estou dizendo que a pessoa está certa ou errada e sim quero ajudá-lo a ampliar a visão e entender que as pessoas sempre têm uma razão para agir como agem e frequentemente há uma história dolorida por trás. Você sairá diferente dessa experiência, pode acreditar.


Levamos um tempo para entender que aqueles super-heróis de nossa infância nada mais eram do que seres humanos lidando com suas dúvidas, seus medos e incertezas também. Cabe a nós tirá-los deste pedestal em que nós mesmos os colocamos e vê-los como pessoas normais tentando diariamente fazer o seu melhor mesmo que não saibam muito bem de que forma. É a caminhada deles também, não pense que é fácil. Saia um pouco do centro do seu universo e debaixo de todas as suas dores e mágoas e permita-se vê-los, de verdade, com os olhos de compaixão.

Se você tem consciência nesse momento e quer buscar uma melhora na relação entre você e seu pai/sua mãe, comece agora, arregace as mangas e vá à luta, não espere que eles venham pegar sua mão e pedir desculpas pelos erros que cometeram achando que estavam fazendo o melhor para você da forma que podiam. Essa pessoa lhe deu a vida, e por essa “simples” razão merece que você pelo menos tente, e, se mesmo assim nada mudar tudo, já mudou, você saiu diferente, buscou fazer um novo movimento, realizando algo que esperava que fizessem por você, sendo o agente e saindo do papel de vítima. Se conseguir perdoá-los, ótimo, se ainda não for possível, está tudo bem, vá no seu tempo, mas influo você a ir nessa jornada – quando seu coração sentir – e desbravar esse mundo de memórias. Nesse passeio você tem a oportunidade de curar duas gerações de relacionamento, a com seus pais e a com seus filhos – claro, se você os deseja –, mas acima de tudo fazendo isso para sua evolução e para uma vida com mais leveza e amor.

29 abr, 2020

Quero me autoconhecer. Por onde começar? Parte I – Meditação

Mulher em meditação no alto de uma pedra cercada de montanhas e do mar

Primeiramente deixemos claro que não existe fórmula perfeita, cada um começa sua caminhada a sua maneira,- a minha foi a meditação -, pois, a vontade/necessidade de se autoconhecer aparece de diferentes formas para cada um. Este é um artigo, de uma série deles, onde vou abordar um pouco sobre as ferramentas que utilizei para me autoconhecer, tendo o objetivo também de mostrar que nada é linear e não tão somente tranquilidade nessa caminhada. Autoconhecimento é tsunami, vendaval profundo mas recompensador. Compartilhar por onde iniciei e etapas que passei é abrir a possibilidade de ajudar outras pessoas que neste momento não sabem muito bem por onde começar a sair do casulo. E é natural, no decorrer da vida vamos nos perdendo em meio às máscaras atrás das quais nos escondemos para transitar com mais tranquilidade pelos ambientes, e acabamos por colocar tantas camadas em cima de nós para manter um ambiente harmonioso e na busca de não ficarmos sozinhos que parece difícil sair debaixo de tudo isso. Se autoconhecer é se desfazer de todo esse peso, e por essa razão nos exige trabalho constante, mas vale cada segundo.


Outro ponto importante é ter em mente que pessoas vão se afastar, outras vão chegar, e o quanto antes você entender que esse é o fluxo natural da vida, menos machucados você, que está na caminhada, e os que não estão vão ficar. Se autoconhecer é se perder e se encontrar inúmeras vezes, é dirigir um caminhão sem freio ladeira abaixo que não pode – e você não quer mais – parar. Meu processo foi bastante solitário no início, mas o seu não precisa ser, vamos juntos! Neste primeiro artigo vou abordar a meditação, prática que tem um valor imenso para mim, por que recorri a ela e como iniciei essa atividade. Leve em consideração também que estas são somente opções e alternativas, pois, no fim das contas, o que vale mesmo é o seu sentir, a sua intuição de por onde deve começar e o que fazer. Espero de coração que possa, de alguma forma, inspirar você.


Em meados de 2017 eu estava prestes a me formar no ensino superior em meio a um turbilhão de indecisões sobre meu futuro. O plano sempre foi ir embora do Brasil, tanto que busquei um curso em que pudesse trabalhar em qualquer lugar do mundo, mas aquilo já não estava me soando tão bem e estava quase convicta de ter escolhido meu curso baseada nas razões erradas. Posso lhe afirmar que me encontrava aflita e sem saber para onde correr. Eu que sempre soube exatamente o queria da vida me via cada vez mais em dúvida de tudo. Naquele momento minha amiga Pugli, como a chamo carinhosamente – Gabriela Pugliesi, influencer digital –, fez uma viagem para Bali e passou comentando sobre os diversos benefícios da meditação. Aquilo fez um clique dentro de mim, parecia combinar perfeitamente com meu momento, algo que me ajudasse a me centrar, me encontrar e que me auxiliasse a alcançar respostas, eu estava ávida por elas. Não tinha mais como fugir, precisava me conhecer, ou me enfrentava ou seguiria correndo em círculos sem sair do lugar. Me agarrei na meditação, de maneira que, se pudesse, praticava mais de uma vez ao dia. Comecei a ler mais, seguir pessoas que falavam sobre diferentes práticas, estava determinada.


Um adendo: se você sentir inclinação a alguma prática ou atividade, aconselho você a se ouvir e ir mais a fundo no assunto, colher informações, seguir pessoas que lhe inspirem e que você tenha curiosidade de ouvir pode ser um bom indicativo para onde você deve ir. Porém, atente-se a não se perder nessa de “seguir” pessoas, é importante traçar uma linha e se manter nela, pois há muito barulho hoje em dia e podemos nos perder rapidamente querendo acompanhar alguém. Na dúvida, se questione e se escute.

Iniciei com o que tinha naquele momento, até porque você não precisa de muito para meditar, a vontade é a maior delas. Sentava no travesseiro dobrado – hoje tenho um tijolinho de yoga que ajuda muito –, escurecia bem meu quarto, colocava os fones e punha no aplicativo de meditação guiada por 10 minutos. Às vezes eu dormia, outras ficava a maior parte do tempo pensando em coisas aleatórias e tentando voltar para minha respiração, sentia dor nas pernas, nas costas, coceira. Quando você para e observa sua mente é enlouquecedor notar o quanto ela fala e perceber o domínio que ela tem sobre você, a determinação em tirar seu foco e brincar com suas emoções. Silenciá-la é exaustivo no início, ela possui uma habilidade impressionante de nos manter ocupados fantasiando como poderia ter sido diferente ou fica arquitetando planos sobre algo futuro que indubitavelmente acontecerá diferente do que ela tentou mostrar. Porém, quando você consegue que seus pensamentos sejam tão somente nuvens passageiras ou balões subindo cada vez mais alto e desaparecendo, sem apegar-se ou julgá-los, aquilo lhe traz paz, simplicidade, pé no chão e visão ampla quanto aos fatos.

Convido você a abrir espaço no seu dia e fazer uma meditação de 10 minutos que seja, focando em sua respiração, contando de 1 a 10. É como tirar um peso das costas. No seu tempo, comece com poucos minutos, respire – esse é o segredo da meditação e da vida! A respiração tem o poder de nos acalmar e de nos trazer de volta ao nosso centro, por isso lembre disso sempre que necessário. Busque a forma a que você melhor se adapta, seja com som, sem, guiada, uma música de fundo, com incenso, velas, sentado, deitado (leve em conta suas costas)… deixe sua intuição guiar você, mas prepare seu ambiente, deixe-o aconchegante. Tente manter a prática no mesmo horário para que seu corpo e sua mente entendam que você está adquirindo um novo hábito. Vá sentindo e percebendo o que funciona melhor para você, e não esqueça, é um autoconhecimento e tudo deve ser experimentado – sem discriminação ou julgamento –, até sentir qual o estilo que se encaixa melhor a você. Lembre-se de avisar – a você mesmo e às pessoas ao seu redor – que este é o seu momento e que não deve ser interrompido, esta é uma forma de todos entenderem que você se respeita e quer respeito quanto ao seu espaço e sua prática.


Dica de amiga: INSISTA! No início pode ser um pouco difícil, sua mente estava acostumada a falar o tempo todo durante sua vida inteira, não imagine que você dirá para ela se calar e ela irá acatar no primeiro intento. Você irá observar a evolução com o passar dos dias e os benefícios de nos reencontrarmos conosco mesmos na correria do dia a dia. E mais uma coisa: tenha paciência consigo, se não pode praticar hoje, tudo bem, só volte, amanhã vá de novo, sem cobranças extremas, sem se subjugar, se hoje não foi bom, tente amanhã de novo, com vontade e empenho uma hora vai, acredite. Se você tiver um caderno para anotar insights pós-meditação, também é algo positivo, pois acabamos tendo ideias e sugestões muito bacanas quando colocamos um propósito antes de iniciarmos nossa reflexão, além de poder anotar ali seu progresso.

A meditação me trouxe clareza, mais calma, um maior direcionamento, sem falar na capacidade de me autoconhecer e ir mais a fundo nas minhas emoções. Por isso, sempre que posso indicar uma ferramenta que faz diferença na vida, eu falo sobre ela, além do fato de que ela não exige quase nada para ser posta em prática. Como falei lá em cima, a vontade é o essencial, basta querer. Abaixo, deixei algumas opções de aplicativos que você pode baixar para começar a praticar – se assim o sentir – e analisar qual atende melhor suas necessidades, e caso você utilize algum app diferente, adora, e queira compartilhar, é super bem-vindo. Depois me conte aqui se você começou, se já pratica e a importância da meditação na sua vida.


– Vivo meditação: Meditação guiada, em português, com opções de escolha de objetivos que você busca com a prática. Tempos de meditação variados. Ótimo para quem está iniciando mas também para quem já medita há um tempo – grátis e versão paga. Tendo opção para IOS ou Android.

– Calm: Com opções de meditação guiada ou somente fundos musicais, maior possibilidade de tempo de meditação – até 12 horas – a versão gratuita já oferece bastante benefícios. Possibilidade de usar o app em português. Tendo opção para IOS e Android.

– Insight timer: Também com opções de meditação guiada ou fundos musicais. Possibilidade de usá-lo em português. O bacana deste é que vem com um relógio dando a oportunidade de você configurar por quanto tempo quer meditar. A versão gratuita responde bem as expectativas. Tendo opção para IOS e Android.

27 abr, 2020

Vulnerabilidade – uma fraqueza ou sua maior força?

Vulnerabilidade: Coração preto de papel sendo trocado de mãos

Descobri Brené Brown há cerca de um mês, durante um curso a professora indicou um vídeo dela, como inspiração, para olharmos. Desde então, eu já vi este vídeo, e alguns outros dela, uma porção de vezes. Mas, voltando, aquele primeiro vídeo reverberou em mim. Brené aborda de forma única seu estudo – de mais de 15 anos – sobre vergonha, exatamente, uma pesquisadora no estudo sobre vergonha. O receio que temos de mostrar nosso lado sensível, nossas dores, nossas angústias, nossos devaneios, por favor, “que ninguém descubra coisas do meu passado”. A própria Brené, quando deu a sua palestra – para algumas centenas de pessoas –, ficou em choque ao ser informada que seria disponibilizado no YouTube e que – na cabeça dela – 4.000 pessoas pudessem ver seu momento de maior vulnerabilidade, quando ela diz que passou por um esgotamento. O vídeo alcançou mais de 39 milhões de visualizações e trouxe conhecimento global a ela, mas, além de tudo isso, a meu ver tirou a autora da sombra de só acompanhar histórias e comparar seus dados, ela foi para a arena, se tornou protagonista e experimentou na pele aquilo que ela somente estudava, e isso sim lhe traz conhecimento de causa inquestionável.

Somente uma adição ao contexto: jogando limpo com você, pensei diversas vezes se deveria ou não fazer o blog, pois escrever aqui me deixa vulnerável, você tem acesso a informações bastante particulares, e isso dá medo. Pensei: “Estou exposta, e agora?”, mas só conseguia pensar e sentir que todas essas informações precisavam ser divididas. Aquele vídeo de 20 minutos me tocou de uma forma intensa, chorei, pois vi ali que minha ideia do blog era uma certeza vindo como uma avalanche sobre mim, daquelas certezas que, nem que você não queira, ela pega você pelo braço e diz: “Nós vamos, chega de se esconder!”. E juro a você, eu queria de todas as formas me esconder, ficar invisível, é bem mais fácil ficar na arquibancada, mas percebi que era a vergonha – utilizando a pergunta: “Você acha que é boa o suficiente para escrever para os outros?” – querendo calar um projeto que só tem a intenção de fazer bem, então mandei ela passear.

Não havia percebido, até então, que em diversos momentos busco a vulnerabilidade, quando peço desculpa sem pestanejar, quando me exponho sem saber qual vai ser o resultado – como aqui no blog –, quando eu digo “eu te amo” sem cerimônia e sem esperar de volta. Estou aqui dividindo com vocês histórias da minha vida que têm uma grande importância para mim e eu não sei o que virá depois disso, mas preciso compartilhar com vocês que com 32 anos e através de um vídeo de poucas semanas atrás eu descobri uma das minhas características mais presentes e que me dá forças e não me apaga como eu costumava pensar.

Foi através da minha vulnerabilidade que me permito ir e voltar, começar cursos em áreas tão distintas, crescer em diversos aspectos, conhecer pessoas incríveis, me amar e me sentir amada, e é por causa dela que eu não desisto de encontrar o que eu realmente quero fazer, e em razão dela faço questão de não esconder isso de ninguém. A vida não é fácil, se abrir para ela, se arriscar sem saber no que vai dar, se terá retorno e qual será… e esse é o mais bonito dela, o quanto ela exige de você coragem, atitude, jogo de cintura, entrega e muitas vezes acreditar mesmo no escuro. Seja amável com você, somos com as pessoas ao nosso redor mas nos tratamos como se fôssemos os últimos merecedores de nossa atenção. Suas relações são um reflexo de como você se trata, lembre disso.

Dividir com você tudo isso é para mim um ato de coragem e satisfação – advindos da vulnerabilidade –, daqueles que me fazem acordar feliz com minhas atitudes, e quero que você prove essa sensação também. Por isso convido você a se permitir ser vulnerável e permitir que as pessoas próximas a você também o sejam. Não ria, não julgue, não caçoe quando alguém abre o coração a você, isso é um ato de entrega e confiança, respeite como você gostaria que fizessem com você. Se dê a ousadia de dar o próximo passo no escuro. É incerto? Certamente, mas deixe eu lhe falar, tudo na vida é, então se permita ser visto, de verdade, por aqueles que você ama e permita-se olhá-los também com o coração.


Abaixo deixo a você duas oportunidades de vídeos curtos, porém incríveis, de Brené, caso sinta de vê-los e começar a semana com inspiração, determinação e vendo a questão vulnerabilidade de outra forma.


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24 abr, 2020

O que enfrentar o medo de surfar mudou em mim

Mulher surfando sorridente. Natureza ao fundo.
Se preferir, ouça o artigo.

Essa é uma outra parte do blog que decidi dedicar a algumas experiências que vivi e que foram, digamos, divisores de água na minha caminhada. Não necessariamente será em uma ordem cronológica e sim conforme a memória e a inspiração forem se apresentando. Este vai ser sobre o surf/surfar. Eu escrevi um texto breve no Instagram (link) falando um pouco sobre minha vivência até então nesse esporte, mas aqui vou falar mais sobre seu início e seus efeitos.

Antes de mais nada, pode acreditar quando digo que não existia pessoa mais improvável para o surf do que eu. Minha mãe tem um medo de água que parece que veio de outras vidas, e ela nos transmitiu isso – a mim e ao meu irmão – por cordão umbilical. Uma vez ela me puxou pelos cabelos na beira do mar porque achou que demorei demais a voltar, mas não devo ter levado nem dois segundos embaixo d’água, uma porque era criança, e não conseguia prender a respiração por muito tempo, e outra porque eu já tinha o medo arraigado em mim. Eu e meu irmão então buscamos esportes em terra firme. O louco é que nosso corpo sempre sabe do que precisamos, não é mesmo? O difícil é silenciar e escutá-lo. Ao passo que tinha esse pavor de água, sempre tive uma vontade enorme de fazer natação, queria de alguma forma enfrentar esse receio todo que tinha em relação à água, mas nunca o fiz. Ainda tenho muita vontade de fazer natação.

Fui para outros esportes, mentira, nunca fui das mais ativas, sempre preferi ler, ver filmes, entender sobre o mundo e as pessoas, do que colocar meu corpo em ação. Como eu não entendia nada! A vida é um equilíbrio, nem só livros, nem só esporte. Bem, sigamos a história. Sempre fui da beira da praia, pegar sol, ler um livro, correr, meditar, e, vou lhe dizer, não estava ruim assim não, viu? Gostava, e continuo gostando, dessas atividades, mas quando alguém faz algo com amor e entusiasmo e transmite aquilo desperta uma vontade de experimentar para ver se realmente é tudo que diz. Meu namorado trouxe isso e plantou a sementinha em mim. Minha curiosidade lá de trás começou a se animar, mas eu posterguei até o limite, inventando todas as desculpas possíveis: quando a água estiver mais quente eu vou, quando o mar estiver mais baixo etc. A zona de conforto me abraçava e me puxava como um cobertor quente na cama quentinha em um dia frio.

Surgiu uma viagem, a possibilidade perfeita para dar início à prática do meu novo esporte. Pensa em um lugar convidativo e pensa em uma pessoa despreparada. Fiz uns dias de treinamento antes de ir, com corridas e apoios, achando que isso poderia me ajudar. Que boba fui ao achar que meus dez dias de atividades iriam me permitir varar¹ o mar e ficar no outside², só esperando as ondas virem. Visualize uma pessoa quase sem fôlego ainda na beira, trabalhando com sua cabeça que disse desde o momento um que não iria conseguir, que o melhor era ter ficado em terra firme, lendo meu livro. Éramos em umas oito meninas, todas já surfando, e eu pensando: “O que estou fazendo com esses braços que não me tiram do lugar?”. Admito que elas faziam parecer fácil, e eu não entendia onde estava errando, porque parecia fazer o mesmo que elas, mas obviamente não.

Quando consegui sentar na prancha, a todo instante passava na minha cabeça que ia cair e um tubarão surgiria e me arrancaria um pedaço, juro para você! Caramba, nossa mente é chata demais, hein? Vou lhe falar. Caí da prancha TODAS as vezes que tentei subir e de todas as formas que você possa imaginar. Eu tomei água, pranchada na coxa, machuquei meus pés de roçarem na parafina, cheguei em casa exausta, vinda da guerra, sim literalmente de uma guerra particular. Pensei em desistir a quase todo instante. Na minha cabeça borbulhava: por que razão você está se colocando em uma situação dessas, o que está querendo provar e para quem? No início foi um pouco pela animação das pessoas ao redor, mas no dia seguinte, quando fiquei em pé na prancha (foto acima) – duraram poucos segundos, mas não importa, a foto ficou linda –, a ideia de continuar foi minha, a vontade de se superar permanece sendo minha porque o sentimento de ficar em pé foi suficiente para esquecer todos os perrengues passados, fora que a sensação de vitória sobre sua mente é saborosíssima.

Este é um artigo de uma pessoa apaixonada que está tentando convencer você? Humm… não, por mais que ache que você deveria tentar sair da zona de conforto, se enfrentar, mas acima de tudo o que quero lhe mostrar com essa experiência é que o medo me acompanhou do início ao fim e está sempre presente, ele não vai sumir para que você faça algo excitante e depois ele volta. A nossa mente trabalha para nos manter vivos e ela acha que tudo, absolutamente tudo, em que ela não tem controle pode nos matar e ela tenta de todas as formas fazer você desistir para manter você vivo. Ela não tem consciência dos resultados que aquela experiência pode lhe trazer posteriormente, por isso é preciso “vencê-la”. Quando você se supera, sai mais forte da situação, e isso é inquestionável, você sente lá dentro que, sim, é capaz e ninguém pode desmentir você. Foi isso que o surf despertou, e segue despertando, em mim. Sempre tento me desafiar quando entro no mar, ir um degrau a mais, remar um pouco mais, tento manter minha mente focada, tento não me afogar – senão minha mãe me mata –, é quase como se fosse uma meditação, limpando minha mente. E por isso constantemente quero voltar, porque o sorriso de satisfação que vem depois da prática é propulsor.

E você, quando foi a última vez que enfrentou algo que lhe dá medo, arrepia você só de pensar, mas que gostaria muito de fazer? Pode ser um indicador de algo que irá lhe fazer sorrir de satisfação. Pense com carinho e se planeje a tirá-lo do papel, ou do plano das ideias, e trazê-lo para a ação. Tente e me conte aqui depois como se sentiu.


¹varar o mar, também conhecido como varar a arrebentação – Transpor a arrebentação, local onde as ondas quebram.  (https://guiame.com.br/nova-geracao/geral/vocabulario-do-surfe.html)

²Outside – ondas mais longe da costa ou qualquer lugar depois da arrebentação. (https://adrenalina10.com/dicionario-de-termos-e-girias-do-surf/)

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22 abr, 2020

Você já fez um balanço do que aprendeu neste período de quarentena?

Fazendo meu balanço, e você?

Você pode não concordar comigo, mas sempre tive o pensamento de que as coisas acontecem por uma razão, sempre! Essa situação, assim como uma perda, uma dor muito grande, nos faz olhar para lugares e situações dentro de nós de que fugimos – tipo o Papa-Léguas do Coyote – assim que sua pontinha desponta no horizonte. “Ah, mas agora eu falo mais com quem amo porque tenho tempo.” Nós sempre tentamos nos justificar, é difícil para o ser humano assumir suas escolhas e principalmente admitir que se colocou como prioridade. Isso parece um erro. Nos foram dadas, antes desta pandemia e quarentena imposta, milhões de oportunidades para que parássemos – por menor que fosse o tempo – e entendêssemos as nossas reais necessidades e percebêssemos se elas conversavam harmoniosamente com a direção que estávamos tomando. Fazer um balanço mesmo.

Neste sentindo, temos a soberba de achar que estamos no controle de tudo e que podemos decidir o momento em que vamos nos ater a determinada situação e resolvê-la. O que não percebemos é que o mundo está, há tempos, pedindo nossa atenção, e, irresponsavelmente, focamos em trabalhar mais, ganhar mais e assim poder consumir mais e mostrar aos outros que somos capazes.

Estamos vivendo, a maioria de nós, por razões erradas. E aqui não tem meu ponto de vista e o seu ponto de vista, e sim o ponto de vista do ser humano, que se apega a atender suas prioridades físicas e materiais sem parar um segundo para se ouvir, ouvir seu corpo, suas reais necessidades, ou você acha que é o seu corpo que pede para comer mais aquela fatia de torta? Não, é a fuga para não olhar para aquela emoção gritando por atenção, e na busca de silenciá-la, mais uma vez, se corre sedento por uma satisfação instantânea de prazer que em minutos traz um novo vazio e começa uma nova busca por calá-la, presos em uma roda.

Ainda assim, nos foram dadas inúmeras chances anteriormente, porém pouco utilizadas, sendo necessário parar o mundo para que nos olhássemos, a nós mesmos e às pessoas do nosso convívio, com mais afeto; imagino que sairemos muito diferentes depois desta quarentena, e não cheios de promessas, como na virada do ano, mas com atitudes. Fomos privados do mais primordial dos direitos, o de estarmos perto de quem amamos, de poder abraçar e tocar; acredito que o mundo está querendo nos mostrar que precisamos amar, não somente nossa família, amar a todos, pensar no outro… Já falei aqui antes (O quanto você está se deixando para depois), e é algo em que acredito e exercito: você tem que ser sua prioridade 1, 2, 3, 4, mas acho que não fui clara quanto ao que vem depois.

Quando você aprende um pouco mais sobre você mesmo, está na hora de olhar para o outro, é uma forma diferente, mas que resulta também em conhecer a si mesmo. Se preencher de você transborda a ponto de você querer, e poder, distribuir essa atenção. Somos partes de um todo, e, sim, o planeta está nos chacoalhando para que entendamos de uma vez por todas que o espírito não é, e nem nunca foi, de olhar só para si e sim para o coletivo, de sermos seres humanos melhores.

Espero do fundo do meu coração que este período de quarentena esteja sendo aproveitado para fazer listas de prioridades, de sonhos, de olhar para dentro sem receio do que vai encontrar por lá, mas também que esteja sendo um período de ação, de trazer para a realidade aquilo que só mantinha no plano da idealização, onde tudo parece perfeito.

Que este tempo ajude a clarear seus olhos, ouvidos, toque para que quando vá para o mundo novamente saia com os sentidos aflorados e refinados e perceba tudo como uma criança, se deleitando com o todo maravilhoso que o mundo tem para oferecer. Que as pessoas saiam mais sensíveis consigo mesmas e com as demais, percebendo que nada nos difere e que somos melhores quando estamos juntos.

Quais mudanças já percebeu em você neste período? Me conte aqui, quero muito saber. Uma boa quarentena a você.

20 abr, 2020

Pare de culpar o mundo e a assuma quem você é!

Frase "you got this" - você consegue isso - escrita no asfalto com folhas no entorno.
Você consegue isso (tradução)

Por muito tempo, e com isso quero dizer em torno de 15 anos, eu alisei meu cabelo. Quando eu era pequena tinha o cabelo bastante encaracolado, crespo mesmo e armado – natural de um cabelo desse tipo. Ver várias mulheres por aí ostentando seus crespões é natural – e lindo – hoje em dia, mas pense nisso 20 anos atrás, quando eu era uma criança, me desenvolvendo e prestando atenção em tudo que acontecia ao meu redor e os colegas me chamando de inúmeros apelidos. O mais comum deles era Valderrama – de Carlos Alberto Valderrama, um antigo jogador colombiano, se ficou com curiosidade joga lá no Google, mas não ria! – Eu voltava triste para casa, chorava, odiava meu cabelo, pedia para minha mãe prender e dormia com meia na intenção – que inocência – de que ele ficasse mais baixo quando acordasse.

Por mais que em casa elogiassem, e na rua parassem minha mãe para perguntar se era natural, eu não achava ele bonito, não nos foi ensinado que o crespo era visivelmente tão lindo (queria ter um emoji de mão na cabeça agora para corroborar essa fala). Nesse sentido, passei grande parte da minha vida tentando esconder meu cabelo de verdade, para ser aceita. O quanto de trabalho – e loucuras feitas – já passei em relação a ele só eu e minha mãe sabemos… por exemplo, foi escova japonesa, alisamento, progressiva, nem vou contar mais porque vai cansá-los e esse não é o mérito do assunto, só a última – quem é dessa geração e não usou ferro de passar roupa no cabelo que atire a primeira pedra.

Não estou levantando a bandeira do crespo, nem do liso, nem falando que a sociedade nos impõe um padrão de beleza. Aprendi que a vida é o que você faz em vez de ficar se queixando e se vitimizando. Ela é dura, desafia você, quer que você esteja cada vez mais forte para a próxima etapa, em outras palavras, ela não vai lhe alcançar um lencinho enquanto você chora e reclama que o mundo está contra sua pessoa. Fazer isso é jogar fora nosso recurso mais escasso – tempo –, culpando em vez de buscar se encontrar e se aceitar.

Se quer mudanças, faça, comece por si, não pelos outros, e comece agora, não espere o momento certo de agir, ele nunca chegará. Desculpe a franqueza, mas a verdade precisa ser dita, e falo por experiência própria. Quando fizer aquele procedimento vou me amar mais, quando fulano mudar nossa relação vai ficar mais fácil… não, não vai! Pare de adiar a resolução dos seus problemas. O mundo, as pessoas, o governo não tem nada a ver com o que passa aí dentro e o quanto você delonga de se assumir e se amar. Essa inclinação que temos de culpar o externo, buscando elementos fora que validem nossa vida não estar da maneira que gostaríamos, o hábito de nos eximirmos das nossas responsabilidades só retarda a clareza e a compreensão da gente mesmo.

A partir do momento em que entendi que o mundo não nos deve nada busco cada vez mais sair do papel de mártir que nossa geração insiste em se colocar e fazer diferente. Nunca antes existiu momento melhor para você bater no peito e assumir quem é, suas paixões, anseios e dúvidas sem se preocupar com o que vão pensar ou falar. E tem algumas pessoas – você é uma delas? – que insistem em seguir apontando dedos sem olhar para o seu próprio umbigo. Vou lhe falar, e você precisa aceitar, que as relações só vão melhorar a partir do momento em que você assumir a sua parcela de culpa e ir para a ação, para o movimento, e não ser somente uma reação em resposta ao outro. Pare de esperar, AJA!

Ouse ser você mesmo, com seus erros e acertos, defeitos e qualidades, mas seja você, inteiro, verdadeiro, em ressonância com seu interior, com coragem. Exterior é reflexo do que carregamos lá dentro, logo, não se preocupe com o resultado, se preocupe com o planejamento e a execução, os resultados que você colhe são tão somente consequência de um trabalho bem-feito. E se aprimorar, como ser humano, exige dedicação, comprometimento, ânimo, esforço contínuo, vigilância, mas os frutos são eternos. Quando a mudança é real, ela vem para ficar e não há como voltar atrás. Você deve isso a si mesmo, a se olhar com amor, com afeição e se permitir ser quem você é de verdade. “Mas, e se não gostarem desse meu eu de verdade?” Você automaticamente irá atrair pessoas que se olham dessa forma também e se assumem independente da visão externa, e não tem problema algum em fazer novas amizades, não é verdade?

O quanto você está se permitindo, genuinamente, ser você mesmo? Me conte aqui.

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08 abr, 2020

Dane-se o outro! É exatamente isso que você leu.

Quando me veio a ideia de começar a escrever aqui, e a falar no Instagram também, pensei: “Gente, mas por que razão as pessoas vão querer me ouvir? Eu não tenho nenhuma conquista que seja realmente impactante. Acho que as pessoas vão pensar que estou com o ego nas alturas e que estou me achando a plena, rainha de todas as respostas”. Olhando agora, um pouco para trás, percebi novamente a presença da resistência, aquela danada que sabe muito bem meus pontos mais delicados e que um deles é – mas está deixando de ser – a importância a opinião alheia.

Quantas coisas ou decisões deixei de tomar querendo seguir meu coração – e olha que eu segui ele em muitas outras –, mas decidi silenciar por conta do que os outros iriam falar, o que iriam pensar e, meu Deus, a vergonha que eu podia fazer meus pais passarem caso decidisse sair muito da curva. “Vou com essa roupa, mesmo querendo ir com aquela, porque podem ter outra imagem de mim. Vou me policiar para não falar muito expansivamente porque podem pensar que sou oferecida.” Não vou falar sobre minha história e meus percalços porque não vão achar tão interessante. Posso falar a real? A imaturidade e a insegurança às vezes, em sua maioria, são um saco!

A verdade, e desculpa o uso de palavras chulas por aqui, mas nesse caso é extremamente necessário, FOD@- SE o outro! Começa pelo fato de que na verdade todo mundo está lidando com sua caminhada e meio perdido nela também, tentando superar as novas situações que vão acontecendo a cada instante, ninguém está muito preocupado com seus altos e baixos. Quem liga para isso é você mesmo, ou sua resistência, que usa essa artimanha para lhe fazer paralisar. Mas caso alguma pessoa esteja realmente falando sobre você, saiba que quando alguém fala de você fala muito mais sobre ela mesma (Quando o Pedro me fala sobre o Paulo sei mais de Pedro que de Paulo), e é o tipo de ser humano que vale a pena repensar se tê-lo por perto é assim tão relevante.

Desde que comecei a me observar prestei mais atenção às palavras que saiam da minha boca, se eram na maior parte do tempo coisas boas fosse sobre mim ou sobre os outros – avanços, descobertas, conquistas – ou se estava analisando a vida alheia e tecendo comentários sobre assuntos que eu somente supunha. E quando fiz esse exercício comecei a tomar mais consciência das coisas e das pessoas. De algumas eu fui me aproximando, usavam mais o pronome eu, e falando sobre suas vulnerabilidades, do que ele/ela, de outras fui me afastando com uma vontade de fechar a boca e costurar com linha e agulha tamanha a quantidade de julgamentos que saíam dali sem nem ter ideia e muitas vezes, fatos comprovados, para sair falando por aí.

Temos uma necessidade instintiva de falar, tecer algum comentário, mesmo quando não solicitado, queremos ser escutados, ainda que isso nos faça falar sobre algo que desconhecemos. A verdade é, se a sua opinião não tem nada a acrescentar, se você vai abrir a boca simplesmente para dizer o que você acha – sem ninguém ter perguntado sua opinião –, ou se você está pensando em levar adiante uma história que você ouviu, não tem 100% de certeza sobre ela, não diz respeito a você e não vai acrescentar em nada… Fique quieto! Melhor você sair por sem posicionamento do que por mentiroso ou fofoqueiro.

Dane-se o outro duplamente, seja pelo que ele está fazendo da vida dele ou o que ele acha sobre a sua. Durante muito tempo eu acompanhei canais e sites de fofoca de famosos – NADA CONTRA QUEM O FAZ, OK? DEIXEMOS ISSO CLARO –, principalmente quando tinha de pensar em algo que precisava decidir: “Só uma olhadinha para desopilar e depois volto a pensar nisso”. Iam-se horas, por quê? – e demorou um tempo para eu entender a razão – essa era a minha válvula de escape. Olhar a vida do outro, falar que a fulana estava com outro namorado, que aquela atriz não deveria ter feito o procedimento estético porque tinha ficado horrível etc… me faziam postergar as ações que eu deveria tomar e não alterava em nada a vida do famoso, somente a minha, que atrasava. Comecei a entender que as escolhas e decisões do outro importam somente a ele, e as minhas a mim. Se isso funcionou para a galera famosa, imagina para as pessoas perto de mim? Cada escolha que alguém fazia/faz e chega aos meus ouvidos, pela minha boca sai a única pergunta, que, acredito, deve ser feita: “Você está feliz?” ou “Como você está se sentindo com isso?”. Sim, simples assim.

O outro, quando comenta com você uma decisão que tomou, não quer ouvir críticas, conselhos – a não ser que lhe peça isso deliberadamente –, ele só quer compartilhar e cabe a você ficar feliz ou dar colo à pessoa. Nós não somos melhores que ninguém. Cada um faz suas escolhas de acordo com a consciência que tem naquele momento. Estamos em etapas diferentes da nossa caminhada, em alguns momentos eu estou mais evoluída que você, assim como em outros você está anos-luz à minha frente, e está tudo mais do que certo, isso não é uma corrida, é a nossa vida. O que cada um faz da sua diz respeito unicamente a ela. Não cabe a você julgar, fazer suposições e querer dar sua opinião porque acha relevante ou para fazer seu ego feliz. Olhe para você, seja um ser humano melhor para si que automaticamente você será para os outros.

Imagina, eu quase deixei de continuar escrevendo e me comunicando porque as pessoas podiam achar que o que eu tinha para dizer e compartilhar não era tão interessante. Na verdade, se o que você lê aqui não lhe agrada é simples, procure algo que atenda melhor suas necessidades. Não venha querer me mandar algo me dando dicas, ideias e opiniões – claro que se for para o crescimento elas são bem-vindas – porque você acha que seria melhor de determinada forma. Este é um modo de expressão meu, minhas opiniões e minha forma de encarar o mundo, atualmente, logo, se você não compactua – e está tudo bem, viu? – mas mesmo assim quer seguir acompanhando, ótimo, é super bem-recebido! Porém, se você é desses que precisa compartilhar sua opinião e dizê-la mesmo que não tenha sido solicitada, e se de alguma forma eu achar que foi desrespeitoso, pois não concorda com minha opinião, será gentilmente convidado a se retirar. Mais claro que isso, impossível.

Esse é um artigo para fazer você pensar, pois tenho certeza de que já esteve nessa posição e pode ser que ainda esteja, mas saiba que isso não agrega e não está levando você ao próximo degrau do desenvolvimento. Quando você preenche a sua vida, quando busca formas de evolução para si, há tanto a fazer e melhorar que passa a faltar tempo para olhar para o lado e acompanhar a vida do outro, e isso é lindo. Faça o exercício de prestar atenção ao que anda saindo da sua boca ultimamente, e, se você perceber que sai amor, leveza, pensamentos e sentimentos bons, ótimo, siga no caminho. Caso você perceba que fala e pesquisa mais sobre a vida alheia, comenta, sai espalhando informações por aí de forma irresponsável, é um bom indício por onde começar a melhorar. Todavia, seja rigoroso com você nesse aspecto, esteja alerta e tente travar a língua se ela quiser sair por aí falando mais do que sabe.

Depois me conta aqui – sim, eu quero a sua opinião – sua experiência sendo um observador de você mesmo e como se viu antes, durante e depois dela, e, se você já fez, compartilha também.

08 abr, 2020

O quanto você está se deixando para depois?

Como você está agora? (tradução)

Faço esse questionamento a você, pois o fiz a mim também. Minha prioridade durante muito tempo foi ser a amiga legal, a parceira, a apoiadora, sempre disponível para ouvir e ajudar quem precisasse. Quem acabou ficando sem atenção nessa história toda? Eu mesma, pois não dava atenção a quem mais clamava por ela!

Até me entender e perceber que eu só posso ajudar alguém depois de me ajudar levou um tempo, muita terapia, e algumas amizades. É difícil acompanharmos as mudanças das pessoas ao nosso redor – já é complexo acompanhar as nossas, não é verdade? –, e imagino que deva ser confuso compreender que aquela pessoa que jurávamos conhecer já nos parece um estranho.

O que costumo dizer é que a única certeza é a mudança, ainda bem! Eu já não reconheço a Josiane de anos atrás nem nas fotos e muito menos nas atitudes e um pouco nos desejos e ambições. Eu me tornei uma outra pessoa, na verdade deixa eu reescrever essa frase, eu me encontrei. Já imaginou uma pessoa tateando o mundo com os olhos vendados, se batendo em tudo, tropeçando, se machucando? Essa era eu sem me ouvir, seguindo muito o que as pessoas ao meu redor estavam fazendo, me comparando a elas ou escutando seus conselhos, indo por caminhos que nada tinham a ver com o meu.

Que perda de tempo, que atraso, quanto investimento para nada… Por um período eu pensei dessa forma, mas o amadurecimento traz diversos benefícios, e o entendimento de uma forma mais ampla é um deles. Percebi que todos os episódios e experiências por que passei me tornaram essa Josiane que eu estou construindo, cada um deles teve sua parcela nesse crescimento. A perspectiva pela qual você olha as coisas muda todo o cenário. Passei a ser grata pelas oportunidades – travestidas de experiências ruins – que apareceram para eu descobrir o que eu não queria e como um grande passo de autoconhecimento, você saber o que não lhe faz bem, e se respeitar a partir de então, é incrivelmente libertador.

Eu não gosto de lugares cheios, me deixam exausta porque fico muito alerta. Não gosto que me interrompam quando estou fazendo alguma coisa, eu perco a linha de raciocínio e para mim é muito difícil voltar. Eu não quero ser comissária, estudei para tal, desejei por um tempo, depois percebi que o que queria de verdade era viajar pelo mundo e estava tentando encurtar o caminho. Aliás, aqui um parêntese para dizer que tentar ir por atalhos só nos faz duplicar o trajeto. Não existem atalhos para as coisas que queremos de verdade. Nós buscamos eles, pois somos seres imediatistas e preguiçosos e queremos algo, mas que não nos demande tempo e energia, sem muita dedicação e que seja do dia para a noite. Isso não acontece.

Falei acima alguns pontos que fui ligando enquanto fui me percebendo, me permitindo olhar para mim – não é uma tarefa fácil e muito menos agradável, porém, necessária. Algumas delas foram doídas falar em voz alta e até com um pouco de vergonha lá no fundo. Como eu não me identificar em nada com o curso em que me formei porque escolhi pelas razões erradas, fazer dinheiro rápido – só esqueci de verificar que era um curso extremamente novo e quase nada difundido. Resumo: sem emprego (história para um outro momento). Eu não quero trabalhar para os outros, quero ser minha chefe. Testar, tentar, errar e ir mais uma vez se tornou meu mantra, nenhuma experiência mais foi vista com as lentes do erro, da perda de tempo, escolha errada etc. Quando você para de se cobrar tanto, tudo perde um pouco da dimensão que tinha. Toda e qualquer situação é oportunidade, e ela pode servir para crescer ou para aprender, e isso não tem que ser separado entre bom e ruim, certo ou errado, é simplesmente o resultado de uma escolha e ponto. Não trate como cenários irreversíveis, tudo muda o tempo todo, inclusive você.

Se eu pudesse dar uma dica, seria comece a se conhecer, tire tempos durante o dia para se ouvir, se cuidar, se comunicar com você, faça questionamentos de por que algo irrita, emociona, alegra, entristece você, muitas vezes ligamos nossos sentimentos no automático e vamos vivendo sem nem saber por que razão essa ou aquela coisa exerce tanta influência sobre nós. Muitas vezes o bicho-papão pode ser um pequeno chihuahua, mas enquanto você não olhar para ele de frente ele vai seguir sendo do tamanho que você permitir na sua cabeça – e ela normalmente visualiza o pior cenário possível. Dê à situação o tamanho e a importância que realmente tem. Pare de fantasiar problemas maiores do que são, seja realista e pragmático (essa última frase eu coloquei aqui para mim, para não esquecer, se lhe servir, ótimo!).

Se respeite, se dê o tempo que muitas vezes você destina aos outros sem nem querer. Se coloque como prioridade, pois você é! Quanto mais você se conhece, mais se respeita e sabe distinguir o que lhe faz bem do que não faz. E seus sins e nãos sairão com muito mais tranquilidade, e menos peso, do seu coração, e tenho certeza de que isso trará um pouco de paz a você. Em um voo, numa situação de emergência, a instrução não é que primeiro você coloque a máscara de oxigênio em você para depois ajudar quem está ao seu lado? A vida é assim também, você só pode ajudar alguém se antes se ajudar. Como eu sei disso? Porque eu trilhei esse caminho e por isso me sinto confortável em falar para você. Deixe que chamem você de egoísta, não dê bola, quando você se escuta e traz à tona o que você tem de melhor automaticamente já estará ajudando as pessoas próximas a você, é um ciclo. Se permita brilhar e você iluminará quem estiver por perto, simples assim.

Isso faz sentido para você?

08 abr, 2020

Inimigo íntimo

Ele sabe exatamente quais são seus pontos fracos

Hoje é um dia inspirador para mim. “Porque aconteceram coisas incríveis”, você deve estar pensando. Não mesmo, hoje foi um dia de horror, daqueles que você pensa: “O que cargas d’água eu estou fazendo aqui mesmo?”.

Acordei não lá muito bem, discussão com o namorado, não queria fazer nada, falar com ninguém, problema atrás de problema. Chamei Deus (e aqui não importa em qual Deus você acredita ou se não acredita também, está tudo certo, somente para contextualizar você), porque estava me sentindo extremamente desmotivada, inútil, e pensei alto, não economizei palavras neste sentido, fui bastante dura comigo mesma: “Não posso ter vindo aqui para nada e somente ser um peso para as pessoas. Todos nós temos, um pouco que seja, a contribuir, me ajude a encontrar o que eu posso oferecer aos outros neste momento”. Chorei, respirei fundo, tomei uma água e comecei a mexer no celular, aquele vício que fazemos no automático sem nem muito pensar. Porém, ele me trouxe uma grata surpresa naquele momento. Era uma pessoa que eu sigo no Instagram comentando sobre um vídeo – um minicurso ministrado pela filósofa (Lúcia Helena Galvão) sobre o livro A guerra da arte de Steven Pressfield (o vídeo está no final do texto).

E é por esse motivo que vos escrevo neste instante. O livro fala centralmente sobre a resistência – que é o nosso inimigo íntimo –, que se disfarça de todas as desculpas possíveis para que a gente trave e não vá deste nível para o próximo, ou seja, não se desenvolva, não evolua, não avance. Por ser algo tão intangível, poxa, está dentro de nós mesmos, e por nos conhecer tão bem – principalmente nossas preferências e fraquezas –, ela sabe exatamente onde agir. Não é aterrorizante?

Eu percebi ali, naquele momento, que a resistência estava me paralisando em diversos momentos. Meu inimigo número um declarado, impedindo de todas as formas possíveis e impossíveis que eu crescesse. Uma das frases mais marcantes para mim – daquele vídeo de quase 2h30, mas que pareceram poucos minutos – foi: Aquilo que ela – resistência – mais impede você de fazer deve ser a melhor coisa que você tem para fazer nesta vida”. Leia de novo, quantas vezes forem necessárias, para que você compreenda de fato essa fala.

Ela lhe rouba aquilo que vai alimentar a alma, aquilo que vai fazer você se sentir vivo, vibrante, aquilo que faz você brilhar, que faz você entrar em estado de flow¹. E quando, depois de terminado, lhe perguntarem: “Como você fez isso?”, você muitas vezes não sabe, é inspiração que vem de cima, é luz, e você é somente instrumento. É aquilo que só você veio acrescentar nessa colcha enorme de retalhos que somos, e não existe no mundo outro modelo igual a este. VOCÊ É ÚNICO! Em sonhos, vontades, desejos, criatividade, habilidades, modos de ver e fazer as coisas. Existem pessoas que pensam e fazem parecido com você? Lógico que sim, mas a forma como você faz, os detalhes que somente você vê e as experiências que trouxeram você até aqui, até o momento de ligar os pontos, são singulares. Não despreze isso!

Você pode pensar que foi o acaso, que logo no dia que chamei o “meu” Deus, me cai no colo um vídeo que era exatamente o que eu precisava ouvir. Eu não acredito em coincidências, tudo tem um porquê, você está onde o universo quer que você esteja, e esse vídeo só teve a importância que teve, para mim, naquele momento, porque me permiti sentir, chorar, mas não imobilizar. Segui em movimento, mesmo que somente vendo algo eu me permiti colocar em movimento… de pensar. Ter algo maior, em que você acredite, lhe traz forças quando às vezes parece que não temos mais disposição de lutar. Conecte-se a esse algo superior para se sentir com ânimo de ir em frente mais uma vez.

Como eu posso lidar com essa resistência hoje? O que ela está me roubando e, pior, com minha permissão? Onde está esse meu medo que me impede de fazer o melhor que eu posso? Isso é movimento, é bater de frente com ela e dizer: “Olha, você pode ter me paralisado até aqui, com meu consentimento, mas agora você não tem mais ele e vamos brigar de igual para igual todos os dias. Porque, se você quer tirar o que eu tenho de melhor para oferecer ao mundo, eu tenho sangue nos olhos para mostrar a você que não vou me entregar tão fácil assim”. É uma batalha diária, e do outro lado não há descanso, então, se nutra, se fortaleza, para não descansar também.

Mostre quem é que manda, pois o seu maior inimigo é você mesmo, o seu ego querendo enganar você todo o tempo, dizendo que você não consegue, que não é capaz, que já existem vários iguais fazendo isso. O ego, outro nome para a resistência a meu ver, sabe cada uma das suas fragilidades e pode ter certeza que utilizará todas e cada uma delas para que você pare, desista, desanime e deixe para amanhã. Nessa ideia ele já ganhou na batalha de hoje, e quanto mais tempo você posterga, mais ele se fortalece, e você, adivinha? Desanima e pensa: “De repente, não era para mim mesmo”. REAJA! Se o medo está lá, vai com medo mesmo, há grandes chances de que tudo que você almeja aí dentro possa estar do outro lado escuro que você não consegue enxergar agora.

Faça o que pode com o que tem nesse momento, não se cobre em demasia, persista com constância e busque, se ainda não sabe, o que lhe nutre a alma. Não por recompensas, por vaidade, por esperar reconhecimento. Pelos motivos certos e com permanência os resultados vêm. Não tenho claramente, no momento em que escrevo este texto, o que eu vim fazer, no que eu posso realmente ser útil para o mundo e qual a palavra que eu vim deixar, mas eu decidi que era necessário começar. Ninguém pode trilhar o meu caminho por mim, e nem posso viver o sonho dos outros.

Decidi declarar guerra à resistência e amor total à Josiane, e é com ela, e por ela, que vou entrar nessa batalha, todos os dias, e tentar ao máximo sair vencedora na maior parte dos dias. Escolha a guerra que você vai entrar, essa me parece uma das mais importantes da sua vida! Não se cale e nem esmoreça por uma vozinha aí dentro que diz que você nunca foi capaz de grandes conquistas. Que isso impulsione você, lhe encha de avidez para mostrar que ela nunca esteve tão errada. E que você possa sorrir com tranquilidade no final do dia, provando a ela, e a si mesmo, o quanto você pode mais.

Se você se encontra em momento parecido, faça um favor a si mesmo e dê uma olhada nesse vídeo, ele vale cada segundo. Fez sentido para você?


¹ (do inglês: flow) Fluxo é um estado mental de operação em que a pessoa está totalmente imersa no que está fazendo, caraterizado por um sentimento de total envolvimento e sucesso no processo da atividade. Proposto pelo psicólogo Mihaly Csikszentmihalyi. https://pt.wikipedia.org/wiki/Fluxo_(psicologia)