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Posts arquivados em Tag: Meditação

15 Maio, 2020

Quero ser instrutora de yoga

Mulher em uma postura de yoga
Me vendo fazer yoga durante a meditação (Risos)
Se preferir, ouça o artigo.

Acho que há pouco mais de um ano pensei: quero ser instrutora de yoga! Me veio durante a meditação – sim, por ser um estado de relaxamento muitas vezes respostas vêm através desse momento de conexão, já falei dele aqui –, me vi ali praticando, dando aula, auxiliando as pessoas nas posições, como estava na busca ativa por me descobrir, acreditei, é isso! Que incrível, vou ser instrutora de yoga, vou dar aulas ao mesmo tempo em que coloco meu corpo em movimento, vou ativar e dar carinho aos meus órgãos, conectar mente e corpo simultaneamente. Vem totalmente a calhar com as mudanças que estou fazendo na minha vida, que maravilha! “Como é bom meditar, as coisas ficam claras, os caminhos vão se abrindo e nos sentimos mais ligados com a gente”, conjecturei! Mesmo que aquilo não tivesse “batido tão forte” daquele estilo sem deixar dúvidas, entendi que era por aqui. Comecei a me informar sobre, pedir informações a escolas de formação, estava animada com a nova fase, que ascendia no horizonte, vamos com tudo, considerei. Perceba como somos facilmente levados por nossas emoções, damos a interpretação que queremos sem nem analisar melhor o todo.


Fui para minha sessão de terapia – que será um dos artigos da série “quero me autoconhecer, por onde começar?” – com uma alegria no rosto, pensando que já tinha tudo planejado, tinha as informações necessárias, estava encontrando respostas e estava satisfeita com os próximos passos que ia dar. Ainda bem que existem terapeutas para colocar um pouco de sanidade na nossa cabeça, para que não saiamos por aí dando vazão a tudo que passa na nossa mente. Claro que é importante tentarmos, irmos em busca dos nossos sonhos e desejos, mas daqueles objetivos realmente desejados, de coração, e não meras vontades que morrem na primeira tentativa, como foi no meu caso como instrutora de yoga. Minha terapeuta, safa que é, me manteve naquele “flow” de animação, entusiasmo, para ver até onde eu ia, me fez algumas perguntas que em instantes me fizeram ver que não era bem o que eu estava imaginando e querendo, me disse para ir pra casa refletir mais sobre o assunto, que conversávamos depois. Nem precisou muito, naquele dia mesmo percebi que na verdade era meu corpo me dando sinais de que precisava ser movimentado também, não somente o mental, e me deu uma indicação de que a yoga seria uma boa alternativa para meu momento.

Yoga deriva da palavra “yuji” em sânscrito – língua originária da Índia –, significa “unir” e vai muito além de uma prática milenar, é uma filosofia de vida “que trabalha a harmonização do corpo com a mente, utilizando técnicas de respiração (pranayamas), meditação e posturas de yoga (ásanas)”. Algo que eu não sabia muito bem mas encontrei enquanto pensava melhor sobre minha “nova profissão”. Nem preciso dizer a você que não fui atrás de me tornar uma instrutora, entendi que meu corpo pedia dinamismo, “e começou a fazer yoga”, você vai pensar. Não, voltei a correr – que amo –, fazer exercícios aeróbicos e simplesmente deletei, provisoriamente, a ideia da yoga por questões financeiras (viu como é fácil colocarmos uma desculpa quando queremos postergar?). A yoga só voltou a insistir a ser colocada em prática em março passado, a vontade veio latente e desta vez não hesitei, busquei um estúdio perto de casa, entrei em contato e pensei: agora vai! E o que veio? A pandemia e tudo fechou. Acreditei que mais uma vez a yoga ia ser adiada, mas graças a esses sincronismos maravilhosos do universo minha irmã me passou o canal de uma instrutora (Pri Leite – até linkei ela aqui, porque me senti tão agraciada com sua descoberta que compartilho sempre que posso. Para o seu bem e para cultivar o seu autocuidado, vá em frente, ela é incrível).

Ah, para deixar bem claro, eu não estava aberta a aulas por vídeo antes, tinha a crença de que yoga só poderia ser praticada presencialmente e que on-line ela não seria bem feita, por isso resisti tanto, mas com a chegada da pandemia isso caiu por terra e deixei todas as desculpas de lado, ainda bem!

Desde que comecei não parei mais, sabia que dessa vez a yoga tinha vindo para ocupar um espaço que há tempos vinha requerendo. E posso falar? Que bem que essa atividade me faz. Além do relaxamento, da diminuição do estresse, bem-estar, a yoga traz aumento de concentração, conexão e outros inúmeros benefícios. Este artigo poderia tranquilamente estar na sequência sobre se autoconhecer – porque você tem mais uma oportunidade durante os exercícios –, mas achei interessante trazê-la em meus desafios pessoais, pois ela demanda presença em cada segundo de execução. Cada uma das práticas requer que você vá um pouco além da anterior, e é possível ver a olhos nus a sua evolução, o quanto você progrediu um pouco mais a cada novo final de aula, e isso é um afago no peito e um tapinha nas suas próprias costas dizendo que você fez um bom trabalho e que é muito capaz. Este artigo vem fechar esta semana em que falamos tanto de julgamento e apontar dedos, e por isso senti de trazer a yoga porque ela vai no oposto disso. Ela ensina você a olhar para dentro, a silenciar, lhe dá a oportunidade de tomar consciência da sua própria força e luz, faz você perceber que tudo começa por si mesmo e vem coroar o que venho dizendo a semana toda, que só temos controle sobre nós e é isso que tem de importar a você. Quanto mais você cuida de si, mais você pode transbordar aos outros. A yoga fala através do coração, traz leveza e centramento, algo extremamente essencial para o momento. Convido você a se permitir sentir e fazer esse movimento para dentro.


P.S.: Levando em consideração que estamos em um momento que não pode consultar o seu médico, alerto você a ir devagar, pois querendo ou não a yoga exige do nosso corpo e não queremos ninguém se machucando por aí. Se você decidir fazer, vá devagar, respeitando e ouvindo seu corpo e suas limitações. É para ser prazeroso, não para se contundir.

Fonte: https://www.significadosbr.com.br/yoga


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01 Maio, 2020

O quanto a relação com seus pais interfere em sua vida?

Pai brincando de rodar com filhos na praia.
Se preferir, ouça o artigo.

Esse é um artigo longo porém, necessário. Trata-se de um assunto delicado, mas há tempos vem passando na minha cabeça como se pedisse minha atenção para ser abordado por aqui. Pois bem, comecei a deixá-lo fluir mais livremente, permitindo-me absorver informações que chegassem e também observando as relações próximas e as nem tão próximas a mim. O quanto a relação com seu pai ou sua mãe interfere em sua vida? Você já se fez essa pergunta honestamente? A intenção desta vez não será abordar minha experiência, mesmo que ela também tenha sido levada em consideração para escrever este artigo, mas abordar de uma forma mais ampla e permitindo que cada um sinta à sua maneira.

Contudo, para que possamos iniciar de um mesmo ponto, vou situá-los que uma das razões de me autoconhecer foi a busca por uma melhor relação com meu pai. Desde criança até o início da minha fase adulta minhas memórias sobre nossa relação eram de confronto, enfrentamento, eu querendo, de alguma forma, que ele respondesse às minhas expectativas, querendo chamar sua atenção, sentindo que não me entendia. Não sei lhes precisar agora quando foi que a ficha caiu, mas tenho quase certeza de que foi durante uma de minhas meditações, em que me veio nitidamente “como você vai lidar com todo o arrependimento que vier consumindo você como uma avalanche quando ele falecer e você não tiver feito nada para essa relação melhorar?”. Eu estava lá buscando me conhecer, me silenciar, e vem algo sobre o meu pai? Só posso estar meditando errado, pensei.


Nosso coração, que é com quem nos conectamos enquanto meditamos, sempre sabe quando estamos prontos e com o que devemos lidar no momento. A relação com nossos pais, e aqui incluo quem não tem uma relação muito próxima – ou como gostaria – com a sua mãe, ou com quem o criou, é de influência direta nos adultos que nos tornamos, na forma como nos posicionamos perante a vida e como encaramos ela também. Por isso que a curar, acolhê-la e ressignificá-la seria meu conselho número 2 para você – o primeiro seria a meditação, para que você consiga entender e lidar com tudo que florescerá com essa intenção.


Desenterrar esse baú de memórias irá liberar cobras e lagartos, fantasmas e dores há muito não mexidas, mas pode ter certeza de que elas sempre estiveram lá, mesmo que adormecidas, esperando sua atenção. Crescemos com variados tipos de ressentimentos. Alguns queriam mais atenção, outros queriam ser ouvidos, estes que seus pais fossem em suas apresentações, aqueles que os parabenizassem pelo bom trabalho ou simplesmente que estivessem ali para dar um abraço e dizer que ia ficar tudo bem, ou outros tantos lidaram com o vazio de pais que foram embora. Os sentimentos e as histórias são diversas, e se estão aí dentro ecoando são relevantes sim, cada um de nós sabe onde nos dói e o peso e influência que isso tem em nossas vidas, porém, quem disse que tem de ser assim para sempre? “Ah, Josi, mas você não conhece minha mãe, é o cão em forma de gente, aquela lá não vai mudar”, ou “Meu pai é um chato, frio, sem sentimento algum, e só outra vida para mudá-lo (usei adjetivos leves, mas pode completá-los da forma que se sentir mais à vontade, não poupe palavras, são os seus sentimentos).


Não tenho dúvidas, só você sabe o que passou, suas dores, as memórias mais doloridas, imagens guardadas a sete chaves até da pessoa mais íntima, e não tenho conhecimento sobre sua história e as marcas que você carrega, sinto muito por isso. Mas você já é adulto, com seus princípios, pensamentos e visões próprias logo, saia do papel de julgador e de vítima e veja a melhor forma como você pode lidar com essa relação atualmente. Não exija mais do que você consegue lidar no momento – e se não conseguir agora está tudo bem também –, um passo de cada vez, assim que uma relação é feita, mesmo as já estabelecidas, pois você está construindo uma nova relação, e não pense que será do dia para a noite. “Duvido que ele ou ela mude!” Realmente isso pode acontecer, mas tenha claro em sua mente que a razão de estar fazendo isso é para e por você, para sua libertação, sua cura, para acalmar sua alma e amenizar a sua caminhada. Por mais que ache que essa relação já nem afeta você tanto assim, pode ter certeza de que ela controla você de alguma forma.


Sei que em algum momento você se sentirá vencido pelo cansaço, querendo desistir e ache que não há mais o que fazer, então pense em algum momento muito marcante, aquele que só de pensar lhe dá um nó na garganta com essa figura familiar, veja todo o cenário, sinta ele e agora se coloque no lugar daquela pessoa. Com o conhecimento e a consciência que ela tinha naquela época, levando em consideração sua história, sua infância, suas conquistas e derrotas, a relação daquele ser humano com seus pais também,vestindo seus sapatos, fique aí o tempo que precisar e permita-se sentir o que vier. É mais difícil julgar e um pouco mais fácil entender sua forma de agir, não é mesmo? Não estou dizendo que a pessoa está certa ou errada e sim quero ajudá-lo a ampliar a visão e entender que as pessoas sempre têm uma razão para agir como agem e frequentemente há uma história dolorida por trás. Você sairá diferente dessa experiência, pode acreditar.


Levamos um tempo para entender que aqueles super-heróis de nossa infância nada mais eram do que seres humanos lidando com suas dúvidas, seus medos e incertezas também. Cabe a nós tirá-los deste pedestal em que nós mesmos os colocamos e vê-los como pessoas normais tentando diariamente fazer o seu melhor mesmo que não saibam muito bem de que forma. É a caminhada deles também, não pense que é fácil. Saia um pouco do centro do seu universo e debaixo de todas as suas dores e mágoas e permita-se vê-los, de verdade, com os olhos de compaixão.

Se você tem consciência nesse momento e quer buscar uma melhora na relação entre você e seu pai/sua mãe, comece agora, arregace as mangas e vá à luta, não espere que eles venham pegar sua mão e pedir desculpas pelos erros que cometeram achando que estavam fazendo o melhor para você da forma que podiam. Essa pessoa lhe deu a vida, e por essa “simples” razão merece que você pelo menos tente, e, se mesmo assim nada mudar tudo, já mudou, você saiu diferente, buscou fazer um novo movimento, realizando algo que esperava que fizessem por você, sendo o agente e saindo do papel de vítima. Se conseguir perdoá-los, ótimo, se ainda não for possível, está tudo bem, vá no seu tempo, mas influo você a ir nessa jornada – quando seu coração sentir – e desbravar esse mundo de memórias. Nesse passeio você tem a oportunidade de curar duas gerações de relacionamento, a com seus pais e a com seus filhos – claro, se você os deseja –, mas acima de tudo fazendo isso para sua evolução e para uma vida com mais leveza e amor.

29 abr, 2020

Quero me autoconhecer. Por onde começar? Parte I – Meditação

Mulher em meditação no alto de uma pedra cercada de montanhas e do mar

Primeiramente deixemos claro que não existe fórmula perfeita, cada um começa sua caminhada a sua maneira,- a minha foi a meditação -, pois, a vontade/necessidade de se autoconhecer aparece de diferentes formas para cada um. Este é um artigo, de uma série deles, onde vou abordar um pouco sobre as ferramentas que utilizei para me autoconhecer, tendo o objetivo também de mostrar que nada é linear e não tão somente tranquilidade nessa caminhada. Autoconhecimento é tsunami, vendaval profundo mas recompensador. Compartilhar por onde iniciei e etapas que passei é abrir a possibilidade de ajudar outras pessoas que neste momento não sabem muito bem por onde começar a sair do casulo. E é natural, no decorrer da vida vamos nos perdendo em meio às máscaras atrás das quais nos escondemos para transitar com mais tranquilidade pelos ambientes, e acabamos por colocar tantas camadas em cima de nós para manter um ambiente harmonioso e na busca de não ficarmos sozinhos que parece difícil sair debaixo de tudo isso. Se autoconhecer é se desfazer de todo esse peso, e por essa razão nos exige trabalho constante, mas vale cada segundo.


Outro ponto importante é ter em mente que pessoas vão se afastar, outras vão chegar, e o quanto antes você entender que esse é o fluxo natural da vida, menos machucados você, que está na caminhada, e os que não estão vão ficar. Se autoconhecer é se perder e se encontrar inúmeras vezes, é dirigir um caminhão sem freio ladeira abaixo que não pode – e você não quer mais – parar. Meu processo foi bastante solitário no início, mas o seu não precisa ser, vamos juntos! Neste primeiro artigo vou abordar a meditação, prática que tem um valor imenso para mim, por que recorri a ela e como iniciei essa atividade. Leve em consideração também que estas são somente opções e alternativas, pois, no fim das contas, o que vale mesmo é o seu sentir, a sua intuição de por onde deve começar e o que fazer. Espero de coração que possa, de alguma forma, inspirar você.


Em meados de 2017 eu estava prestes a me formar no ensino superior em meio a um turbilhão de indecisões sobre meu futuro. O plano sempre foi ir embora do Brasil, tanto que busquei um curso em que pudesse trabalhar em qualquer lugar do mundo, mas aquilo já não estava me soando tão bem e estava quase convicta de ter escolhido meu curso baseada nas razões erradas. Posso lhe afirmar que me encontrava aflita e sem saber para onde correr. Eu que sempre soube exatamente o queria da vida me via cada vez mais em dúvida de tudo. Naquele momento minha amiga Pugli, como a chamo carinhosamente – Gabriela Pugliesi, influencer digital –, fez uma viagem para Bali e passou comentando sobre os diversos benefícios da meditação. Aquilo fez um clique dentro de mim, parecia combinar perfeitamente com meu momento, algo que me ajudasse a me centrar, me encontrar e que me auxiliasse a alcançar respostas, eu estava ávida por elas. Não tinha mais como fugir, precisava me conhecer, ou me enfrentava ou seguiria correndo em círculos sem sair do lugar. Me agarrei na meditação, de maneira que, se pudesse, praticava mais de uma vez ao dia. Comecei a ler mais, seguir pessoas que falavam sobre diferentes práticas, estava determinada.


Um adendo: se você sentir inclinação a alguma prática ou atividade, aconselho você a se ouvir e ir mais a fundo no assunto, colher informações, seguir pessoas que lhe inspirem e que você tenha curiosidade de ouvir pode ser um bom indicativo para onde você deve ir. Porém, atente-se a não se perder nessa de “seguir” pessoas, é importante traçar uma linha e se manter nela, pois há muito barulho hoje em dia e podemos nos perder rapidamente querendo acompanhar alguém. Na dúvida, se questione e se escute.

Iniciei com o que tinha naquele momento, até porque você não precisa de muito para meditar, a vontade é a maior delas. Sentava no travesseiro dobrado – hoje tenho um tijolinho de yoga que ajuda muito –, escurecia bem meu quarto, colocava os fones e punha no aplicativo de meditação guiada por 10 minutos. Às vezes eu dormia, outras ficava a maior parte do tempo pensando em coisas aleatórias e tentando voltar para minha respiração, sentia dor nas pernas, nas costas, coceira. Quando você para e observa sua mente é enlouquecedor notar o quanto ela fala e perceber o domínio que ela tem sobre você, a determinação em tirar seu foco e brincar com suas emoções. Silenciá-la é exaustivo no início, ela possui uma habilidade impressionante de nos manter ocupados fantasiando como poderia ter sido diferente ou fica arquitetando planos sobre algo futuro que indubitavelmente acontecerá diferente do que ela tentou mostrar. Porém, quando você consegue que seus pensamentos sejam tão somente nuvens passageiras ou balões subindo cada vez mais alto e desaparecendo, sem apegar-se ou julgá-los, aquilo lhe traz paz, simplicidade, pé no chão e visão ampla quanto aos fatos.

Convido você a abrir espaço no seu dia e fazer uma meditação de 10 minutos que seja, focando em sua respiração, contando de 1 a 10. É como tirar um peso das costas. No seu tempo, comece com poucos minutos, respire – esse é o segredo da meditação e da vida! A respiração tem o poder de nos acalmar e de nos trazer de volta ao nosso centro, por isso lembre disso sempre que necessário. Busque a forma a que você melhor se adapta, seja com som, sem, guiada, uma música de fundo, com incenso, velas, sentado, deitado (leve em conta suas costas)… deixe sua intuição guiar você, mas prepare seu ambiente, deixe-o aconchegante. Tente manter a prática no mesmo horário para que seu corpo e sua mente entendam que você está adquirindo um novo hábito. Vá sentindo e percebendo o que funciona melhor para você, e não esqueça, é um autoconhecimento e tudo deve ser experimentado – sem discriminação ou julgamento –, até sentir qual o estilo que se encaixa melhor a você. Lembre-se de avisar – a você mesmo e às pessoas ao seu redor – que este é o seu momento e que não deve ser interrompido, esta é uma forma de todos entenderem que você se respeita e quer respeito quanto ao seu espaço e sua prática.


Dica de amiga: INSISTA! No início pode ser um pouco difícil, sua mente estava acostumada a falar o tempo todo durante sua vida inteira, não imagine que você dirá para ela se calar e ela irá acatar no primeiro intento. Você irá observar a evolução com o passar dos dias e os benefícios de nos reencontrarmos conosco mesmos na correria do dia a dia. E mais uma coisa: tenha paciência consigo, se não pode praticar hoje, tudo bem, só volte, amanhã vá de novo, sem cobranças extremas, sem se subjugar, se hoje não foi bom, tente amanhã de novo, com vontade e empenho uma hora vai, acredite. Se você tiver um caderno para anotar insights pós-meditação, também é algo positivo, pois acabamos tendo ideias e sugestões muito bacanas quando colocamos um propósito antes de iniciarmos nossa reflexão, além de poder anotar ali seu progresso.

A meditação me trouxe clareza, mais calma, um maior direcionamento, sem falar na capacidade de me autoconhecer e ir mais a fundo nas minhas emoções. Por isso, sempre que posso indicar uma ferramenta que faz diferença na vida, eu falo sobre ela, além do fato de que ela não exige quase nada para ser posta em prática. Como falei lá em cima, a vontade é o essencial, basta querer. Abaixo, deixei algumas opções de aplicativos que você pode baixar para começar a praticar – se assim o sentir – e analisar qual atende melhor suas necessidades, e caso você utilize algum app diferente, adora, e queira compartilhar, é super bem-vindo. Depois me conte aqui se você começou, se já pratica e a importância da meditação na sua vida.


– Vivo meditação: Meditação guiada, em português, com opções de escolha de objetivos que você busca com a prática. Tempos de meditação variados. Ótimo para quem está iniciando mas também para quem já medita há um tempo – grátis e versão paga. Tendo opção para IOS ou Android.

– Calm: Com opções de meditação guiada ou somente fundos musicais, maior possibilidade de tempo de meditação – até 12 horas – a versão gratuita já oferece bastante benefícios. Possibilidade de usar o app em português. Tendo opção para IOS e Android.

– Insight timer: Também com opções de meditação guiada ou fundos musicais. Possibilidade de usá-lo em português. O bacana deste é que vem com um relógio dando a oportunidade de você configurar por quanto tempo quer meditar. A versão gratuita responde bem as expectativas. Tendo opção para IOS e Android.