Começo questionando você: está satisfeito com o lugar que ocupa no mundo? Tudo bem, vamos começar pequeno. Sua importância e seu lugar no ambiente familiar, trabalho, no círculo de amigos estão bem definidos? Quais são suas habilidades e o que você faz de um jeito único? Pode parecer bobo e você me dizer que todos nós sabemos bem nossos pontos fortes, mas você faz uso diário disso para o seu crescimento e o seu sustento? Existem algumas questões que temos tanta facilidade em fazer que passam despercebidas por nós e não as utilizamos com foco direcionado, sendo assim desperdiçadas. Quando sabemos no que somos bons e fazemos bem, temos a real noção de nossa importância e utilidade, nos sentimos instigados a fazer mais, sentimos fome de ação e encontramo-nos impelidos a ampliar nosso radar para atingir um maior número de pessoas, sabendo que estamos fazendo a diferença na nossa[...]continue lendo
Esse é um artigo longo porém, necessário. Trata-se de um assunto delicado, mas há tempos vem passando na minha cabeça como se pedisse minha atenção para ser abordado por aqui. Pois bem, comecei a deixá-lo fluir mais livremente, permitindo-me absorver informações que chegassem e também observando as relações próximas e as nem tão próximas a mim. O quanto a relação com seu pai ou sua mãe interfere em sua vida? Você já se fez essa pergunta honestamente? A intenção desta vez não será abordar minha experiência, mesmo que ela também tenha sido levada em consideração para escrever este artigo, mas abordar de uma forma mais ampla e permitindo que cada um sinta à sua maneira. Contudo, para que possamos iniciar de um mesmo ponto, vou situá-los que uma das razões de me autoconhecer foi a busca por uma melhor relação com meu pai. Desde criança até o início da[...]continue lendo
Primeiramente deixemos claro que não existe fórmula perfeita, cada um começa sua caminhada a sua maneira,- a minha foi a meditação -, pois, a vontade/necessidade de se autoconhecer aparece de diferentes formas para cada um. Este é um artigo, de uma série deles, onde vou abordar um pouco sobre as ferramentas que utilizei para me autoconhecer, tendo o objetivo também de mostrar que nada é linear e não tão somente tranquilidade nessa caminhada. Autoconhecimento é tsunami, vendaval profundo mas recompensador. Compartilhar por onde iniciei e etapas que passei é abrir a possibilidade de ajudar outras pessoas que neste momento não sabem muito bem por onde começar a sair do casulo. E é natural, no decorrer da vida vamos nos perdendo em meio às máscaras atrás das quais nos escondemos para transitar com mais tranquilidade pelos ambientes, e acabamos por colocar tantas camadas em cima de nós para manter um[...]continue lendo
Descobri Brené Brown há cerca de um mês, durante um curso a professora indicou um vídeo dela, como inspiração, para olharmos. Desde então, eu já vi este vídeo, e alguns outros dela, uma porção de vezes. Mas, voltando, aquele primeiro vídeo reverberou em mim. Brené aborda de forma única seu estudo – de mais de 15 anos – sobre vergonha, exatamente, uma pesquisadora no estudo sobre vergonha. O receio que temos de mostrar nosso lado sensível, nossas dores, nossas angústias, nossos devaneios, por favor, “que ninguém descubra coisas do meu passado”. A própria Brené, quando deu a sua palestra – para algumas centenas de pessoas –, ficou em choque ao ser informada que seria disponibilizado no YouTube e que – na cabeça dela – 4.000 pessoas pudessem ver seu momento de maior vulnerabilidade, quando ela diz que passou por um esgotamento. O vídeo alcançou mais de 39 milhões de[...]continue lendo
Essa é uma outra parte do blog que decidi dedicar a algumas experiências que vivi e que foram, digamos, divisores de água na minha caminhada. Não necessariamente será em uma ordem cronológica e sim conforme a memória e a inspiração forem se apresentando. Este vai ser sobre o surf/surfar. Eu escrevi um texto breve no Instagram (link) falando um pouco sobre minha vivência até então nesse esporte, mas aqui vou falar mais sobre seu início e seus efeitos. Antes de mais nada, pode acreditar quando digo que não existia pessoa mais improvável para o surf do que eu. Minha mãe tem um medo de água que parece que veio de outras vidas, e ela nos transmitiu isso – a mim e ao meu irmão – por cordão umbilical. Uma vez ela me puxou pelos cabelos na beira do mar porque achou que demorei demais a voltar, mas não devo[...]continue lendo
Você pode não concordar comigo, mas sempre tive o pensamento de que as coisas acontecem por uma razão, sempre! Essa situação, assim como uma perda, uma dor muito grande, nos faz olhar para lugares e situações dentro de nós de que fugimos – tipo o Papa-Léguas do Coyote – assim que sua pontinha desponta no horizonte. “Ah, mas agora eu falo mais com quem amo porque tenho tempo.” Nós sempre tentamos nos justificar, é difícil para o ser humano assumir suas escolhas e principalmente admitir que se colocou como prioridade. Isso parece um erro. Nos foram dadas, antes desta pandemia e quarentena imposta, milhões de oportunidades para que parássemos – por menor que fosse o tempo – e entendêssemos as nossas reais necessidades e percebêssemos se elas conversavam harmoniosamente com a direção que estávamos tomando. Fazer um balanço mesmo. Neste sentindo, temos a soberba de achar que estamos no[...]continue lendo
Por muito tempo, e com isso quero dizer em torno de 15 anos, eu alisei meu cabelo. Quando eu era pequena tinha o cabelo bastante encaracolado, crespo mesmo e armado – natural de um cabelo desse tipo. Ver várias mulheres por aí ostentando seus crespões é natural – e lindo – hoje em dia, mas pense nisso 20 anos atrás, quando eu era uma criança, me desenvolvendo e prestando atenção em tudo que acontecia ao meu redor e os colegas me chamando de inúmeros apelidos. O mais comum deles era Valderrama – de Carlos Alberto Valderrama, um antigo jogador colombiano, se ficou com curiosidade joga lá no Google, mas não ria! – Eu voltava triste para casa, chorava, odiava meu cabelo, pedia para minha mãe prender e dormia com meia na intenção – que inocência – de que ele ficasse mais baixo quando acordasse. Por mais que em casa[...]continue lendo
Quando me veio a ideia de começar a escrever aqui, e a falar no Instagram também, pensei: “Gente, mas por que razão as pessoas vão querer me ouvir? Eu não tenho nenhuma conquista que seja realmente impactante. Acho que as pessoas vão pensar que estou com o ego nas alturas e que estou me achando a plena, rainha de todas as respostas”. Olhando agora, um pouco para trás, percebi novamente a presença da resistência, aquela danada que sabe muito bem meus pontos mais delicados e que um deles é – mas está deixando de ser – a importância a opinião alheia. Quantas coisas ou decisões deixei de tomar querendo seguir meu coração – e olha que eu segui ele em muitas outras –, mas decidi silenciar por conta do que os outros iriam falar, o que iriam pensar e, meu Deus, a vergonha que eu podia fazer meus pais[...]continue lendo
Faço esse questionamento a você, pois o fiz a mim também. Minha prioridade durante muito tempo foi ser a amiga legal, a parceira, a apoiadora, sempre disponível para ouvir e ajudar quem precisasse. Quem acabou ficando sem atenção nessa história toda? Eu mesma, pois não dava atenção a quem mais clamava por ela! Até me entender e perceber que eu só posso ajudar alguém depois de me ajudar levou um tempo, muita terapia, e algumas amizades. É difícil acompanharmos as mudanças das pessoas ao nosso redor – já é complexo acompanhar as nossas, não é verdade? –, e imagino que deva ser confuso compreender que aquela pessoa que jurávamos conhecer já nos parece um estranho. O que costumo dizer é que a única certeza é a mudança, ainda bem! Eu já não reconheço a Josiane de anos atrás nem nas fotos e muito menos nas atitudes e um pouco[...]continue lendo
Ele sabe exatamente quais são seus pontos fracos Hoje é um dia inspirador para mim. “Porque aconteceram coisas incríveis”, você deve estar pensando. Não mesmo, hoje foi um dia de horror, daqueles que você pensa: “O que cargas d’água eu estou fazendo aqui mesmo?”. Acordei não lá muito bem, discussão com o namorado, não queria fazer nada, falar com ninguém, problema atrás de problema. Chamei Deus (e aqui não importa em qual Deus você acredita ou se não acredita também, está tudo certo, somente para contextualizar você), porque estava me sentindo extremamente desmotivada, inútil, e pensei alto, não economizei palavras neste sentido, fui bastante dura comigo mesma: “Não posso ter vindo aqui para nada e somente ser um peso para as pessoas. Todos nós temos, um pouco que seja, a contribuir, me ajude a encontrar o que eu posso oferecer aos outros neste momento”. Chorei, respirei fundo, tomei uma[...]continue lendo